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Julho Neon

Pessoas com síndrome de Down podem ter mais problemas bucais

De acordo com estimativas da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), no Brasil, para cada 700 nascimentos, 1 bebê nasce com a síndrome.

Publicada em 27 de julho de 2021 - 20:23

Atualizado em 05 de agosto de 2021 - 20:27

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Pessoas com síndrome de Down podem ter mais problemas bucais

Ilustração

A saúde bucal começa na infância e os cuidados devem ser redobrados quando relacionados a crianças com síndrome de Down. Para a odontologia, pacientes com necessidades específicas como pessoas com deficiência necessitam de um tratamento personalizado devido às alterações características da condição. De acordo com estimativas da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), no Brasil, para cada 700 nascimentos, 1 bebê nasce com a síndrome. Já no mundo, a cada ano, nascem cerca de 3 a 5 mil crianças com a alteração genética.

Segundo a dentista credenciada à Humana Saúde, Fabiana Bandeira Torres, especialista em síndrome de Down, as características faciais desse paciente contribuem para o aparecimento de problemas na boca. “As características orofaciais, associadas à deficiência motora e neurológica, dificultam a correta higienização bucal e, consequentemente, favorecem o desenvolvimento de doenças bucais”, destaca Fabiana.

Além disso, outras alterações específicas como boca pequena, dificuldade ao fechar os lábios, erosão dentária e céu da boca mais estreito e mais profundo podem gerar complicações. “Durante muito tempo acreditou-se que eles tinham macroglossia (língua grande), mas estudos mostram que essa condição se dá por causa da flacidez da musculatura”, afirma a especialista.

Sem o acompanhamento adequado, uma pessoa com síndrome de Down pode ter vários problemas ao longo da vida. “O funcionamento da glândula tireoide pode acarretar em alterações da saúde bucal desses pacientes. Com o hipotireoidismo sendo o mais comum, causa diminuição dos reflexos, atraso do desenvolvimento muscular, queda de cabelo, pele seca e aumento de peso; alterações que podem interferir na saúde geral do paciente influenciando também na saúde bucal”, reforça a dentista.

Tratamento humanizado

Para o paciente com alteração genética, o acompanhamento odontológico deve começar nos primeiros anos de vida e precisa ser adaptado e humanizado para que a criança possa ter confiança no profissional. “O atendimento odontológico deve visar o acolhimento, a adaptação e a prevenção, assim como a correção e tratamento de alterações bucais. Deve-se conhecer toda a história do paciente, da família e da rotina para que seja possível uma abordagem adequada para cada criança”, afirma a dentista da Humana Saúde.

Ainda de acordo com Fabiana, o acompanhamento com um especialista na área é a opção ideal para conduzir todo o processo. “Técnicas de manejo e condicionamento comportamental são fundamentais para o sucesso do tratamento odontológico, bem como amor, cuidado, confiança e conhecimento técnico. Esses pacientes, geralmente, são sempre muito amáveis e de fácil atendimento. É de grande importância a nossa atuação a fim de minimizar as alterações encontradas, melhorando assim, condições locais e sistêmicas encontradas no paciente com a síndrome de Down.

Julho Neon

O Movimento Julho Neon – Salve o sorriso brasileiro, liderado pela Associação Brasileira de Planos Odontológicos (SINOG), continua com a missão de conscientizar sobre a importância da saúde bucal. Além disso, tem o propósito de democratizar o acesso aos tratamentos odontológicos de qualidade. No Piauí, foi abraçado pelo Humana Odonto, que vem divulgando informações importantes sobre hábitos adequados de saúde bucal, cuidados preventivos, além de esclarecimentos sobre algumas doenças.

O movimento também valoriza o papel dos dentistas, que são protagonistas de muitas histórias de transformação, pois cuidam do maior patrimônio do brasileiro: o sorriso. 

Fonte: Assessoria de Comunicação


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