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Pandemia da Covid-19 acelera migração para o interior

Mercado imobiliário se adequa à nova realidade e famílias buscam mais conforto e segurança.

Publicada em 28 de abril de 2021 - 23:28

Atualizado em 28 de abril de 2021 - 23:28

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Pandemia da Covid-19 acelera migração para o interior

Crédito: Ilustração

Desde o começo da pandemia, a rotina de todos foi modificada. Um dos aspectos marcantes, influenciado por esse cenário, foi a escolha de muitas famílias e pessoas a migrarem das capitais para o interior. Os motivos são os mais diversos. Entre eles, dois se destacam bastante: a necessidade de reduzir o ritmo agitado da vida urbana e o desejo por mais conforto e tranquilidade durante o isolamento social.

Seja qual a razão, o fato é que o mercado imobiliário busca se adequar a essa demanda que já despontava antes da pandemia, mas que se acelerou devido ao aparecimento do vírus. Pedro Nogueira Lima, presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Piauí (CRECI-PI), pontua que no isolamento social mais pessoas viram a necessidade de buscar uma vida mais tranquila longe dos centros urbanos.

Segundo Pedro, muitos fatores contribuem para essa mudança de cenário. Ele ressalta que “a busca por um custo de vida mais barato é fator importante. Há também a segurança, uma vez que a tendência é haver mais tranquilidade nessas zonas afastadas das capitais. E, sobretudo, estar juntos em casa, neste momento de pandemia, exigiu um ambiente mais acolhedor, amplo e que funcione para toda a família, especialmente se ela for grande”, destaca.

Quem faz parte dessas estatísticas de migração é Suelenn Silva, jornalista, que saiu da capital para uma cidade que fica a 450 km de Teresina. Casada há um ano, o marido morava no interior e ela na capital. Ela sempre teve o desejo de mudar os hábitos de vida e a pandemia acelerou a decisão. “Compramos uma casa e comecei a viver numa cidade pequena com apenas 19 mil habitantes e ganhei muita qualidade de vida. O tempo passa diferente. As distâncias são muito menores. Então dirijo pouco, acordo cedo e durmo mais cedo”, compartilha.

No aspecto profissional, Suelenn destaca que precisou se adaptar ao home office e fazer algumas atividades domésticas. Segundo ela, é uma busca permanente de equilíbrio. “Sinto falta da troca presencial com os colegas de trabalho, afinal somos um ser coletivo. Porém, percebi como é possível exercer minha função e ter qualidade de vida, trabalhando em casa”, frisa.

Com o fácil acesso à internet e a digitalização no ambiente de trabalho, o mercado percebeu que é possível ter um bom rendimento profissional trabalhando em sua própria residência. Além disso, as empresas enxergaram uma opção de redução dos custos de seus escritórios com o trabalho em home office.

Fonte: Redação Portal O Sol


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