Sua Saúde

Hábitos saudáveis ajudam na prevenção da doença de Alzheimer

Somente no Brasil, o quadro de estimativa apresenta que 1,5 milhão de pessoas sofrem da doença, mas muitas não são diagnosticadas ou não fazem nenhum tipo de tratamento.

Atualizado em 23 de fevereiro de 2021 - 08:34

Imprimir

O aumento da longevidade é uma realidade em todo mundo. As pessoas vivem mais e, consequentemente, algumas doenças que acontecem geralmente em idades mais avançadas vêm ganhando evidência como o Alzheimer; doença neurodegenerativa que afeta a memória e a capacidade cognitiva. De acordo com o Relatório Mundial de Alzheimer 2020 apresentado pela Associação Internacional de Alzheimer (ADI), a cada três segundos há um novo caso de demência no mundo.

Somente no Brasil, o quadro de estimativa apresenta que 1,5 milhão de pessoas sofrem da doença, mas muitas não são diagnosticadas ou não fazem nenhum tipo de tratamento. Por isso, campanhas como o Fevereiro Roxo trazem um alerta para a população sobre a importância de manter uma vida mais saudável como forma de prevenção, assim como a importância do diagnóstico precoce. “Quando lidamos com uma doença que não apresenta cura é muito importante conhecermos os fatores de risco e tentarmos atuar nesses fatores para prevenir o seu aparecimento ou retardar o máximo possível seu início”, afirmou o neurologista da Med Imagem, Carlos Daniel Miranda Costa (CRM/PI 7171).

Para o médico, o histórico da doença na família aumenta a predisposição de desenvolver Alzheimer, mas outros fatores como hipertensão, obesidade, diabetes, sedentarismo e nutrição inadequada podem aumentar as chances de desenvolver o problema. “É fundamental que as pessoas busquem ter um estilo de vida mais saudável para prevenir a doença. E esse estilo de vida inclui não só fazer atividade física regular e ter uma nutrição adequada, mas também manter os contatos e atividades sociais e realizar atividades que estimulem o cérebro”, destacou o especialista.

Na maioria das pessoas, os primeiros sintomas iniciam a partir dos 65 anos e podem variar entre perda de memória e noção de tempo, desorientação, alterações na personalidade e vários outros. Por isso, é importante a procura por um especialista. “É importante procurar o neurologista quando a perda de memória está frequente, piorando progressivamente ou prejudicando as atividades de vida diária”, relatou o médico Carlos Daniel.

O especialista ainda orienta que exames de neuroimagem e laboratoriais são utilizados para o diagnóstico. “Para o diagnóstico é realizado um exame de neuroimagem, como a ressonância magnética de crânio. O exame pode mostrar alterações sugestivas da doença, além de ajudar a descartar outras enfermidades que podem causar sintomas parecidos. Além disso, são realizados exames laboratoriais para afastar causas potencialmente reversíveis de declínio cognitivo e que podem dar sintomas semelhantes aos da doença de Alzheimer”, ressaltou. Depois de diagnosticado, o paciente passa a fazer tratamento com o uso de medicamentos com o propósito de melhorar os sintomas e retardar o agravamento da doença.

Apoio familiar

A doença de Alzheimer não tem cura, mas com tratamento precoce e o apoio da família é possível promover maior qualidade de vida ao paciente. “A assistência da família é fundamental principalmente para a percepção dos sintomas já que o paciente passa a ter o entendimento comprometido.”, frisou o médico.

#Fevereiro da Conscientização

A conscientização sobre as doenças é o primeiro passo para trabalhar a prevenção e avançar em um diagnóstico precoce. Por isso, o Grupo Med Imagem está promovendo a campanha #Fevereiro da Conscientização, que tem como objetivo levar esclarecimento e informações úteis para o público em geral sobre as doenças de Alzheimer, Lúpus, Fibromialgia e Leucemia.

Para entender melhor, o #Fevereiro da Conscientização abrange dois grandes motes de saúde que é o Fevereiro Roxo e o Laranja. O primeiro chama atenção para o Alzheimer, o Lúpus e a Fibromialgia, que são doenças diferentes, mas que têm em comum alguns pontos como não apresentar cura, afetar a qualidade de vida do paciente e precisar de tratamento continuado.

Já o Fevereiro Laranja traz como destaque a leucemia, doença que agrupa vários tipos de câncer e que, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), apresentou mais de 10 mil novos casos em 2020. 

A campanha contará com a produção de matérias, postagens em redes sociais e ainda vídeos, trazendo médicos esclarecendo aspectos importantes sobre essas doenças.

Fonte: Redação Portal O Sol