Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, mais de 209 mil pessoas foram afastadas do trabalho por transtornos mentais. O esgotamento mental tem sido apontado como causa de inúmeras doenças. 

Desde 2020 houve aumento na procura por serviços de saúde mental. Diagnósticos como depressão e ansiedade se tornaram comuns, mas, para muitos, a consciência da gravidade do problema só chega quando acontece o colapso nervoso, que é o estado extremo de desequilíbrio entre o corpo e a mente.

“Ele pode estar relacionado a transtornos como ansiedade, estresse e depressão ou não, mas a principal característica é que quando a pessoa atinge este estágio não consegue executar suas funções dentro de um padrão de normalidade. É como se o corpo ‘desligasse’ algumas funções ao atingir seu limite”, explica o psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa Júnior.

O especialista lembra que, para evitar chegar ao colapso nervoso, é necessário identificar sintomas de que ele pode acontecer para buscar ajuda médica. Sinais como dificuldade de concentração, perda ou apagões na memória, variações no apetite, insônia, sensação de angústia, pessimismo, alterações gastrointestinais, dores musculares, dores de cabeça e batimentos cardíacos irregulares podem ser sinais de colapso.

“Por isso é importante estar atento aos sinais e sempre procurar ajuda especializada para um diagnóstico claro. No entanto, melhor que isso é prevenir, e algumas ações podem contribuir bastante com essa prevenção”, acrescenta.

Algumas dicas

• Estabelecer limites em sua vida;

• Realizar alguma atividade física regularmente ou algum esporte;

• Praticar meditação, acupuntura, yoga e outras terapias;

• Evitar cargas excessivas de trabalho;

• Respeitar a necessidade fisiológica do sono;

• Quando perceber que as coisas não estão bem, procurar um especialista.