Nesse mês de Novembro Azul, a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) entrevistou o professor e urologista aposentado, Luís Carlos Tajra, que é especialista nas áreas de avaliação, tratamento, urologia e tratamento endoscópico.
O professor pontuou sobre ações de prevenção e tratamento do Câncer de Próstata, tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele.
O que é o Movimento Novembro Azul?
O movimento de conscientização do Novembro Azul surgiu em 2003, na Austrália, estimular que os homens se atentem a fazer um acompanhamento periódico com o urologista quanto às possíveis doenças da próstata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019. Dessa forma, observa-se a importância do desprendimento dos tabus que envolvem o exame de próstata e o estímulo para que os homens se cuidem mais.
Quais os sintomas mais frequentes?
Na maioria das vezes, não existem sintomas na fase inicial do câncer, daí a importância de fazer os exames urológicos periodicamente. Na fase avançada, os principais sintomas se caracterizam como dor e dificuldade para urinar, dor óssea e até mesmo presença de sangue na urina.
Quem deve fazer o exame?
Existem somente três fatores de risco comprovadas cientificamente: história familiar, raça negra e obesidade. Então, se o homem se enquadrar em um desses fatores, deve começar a realizar o exame regularmente aos 40 anos. Contudo, é recomendado que todos os homens com idade superior a 45 anos comecem a fazer os exames.
Consequências diretas da doença no paciente?
Na maioria dos casos, os principais sintomas são a dificuldade de urinar e incômodo na região. Além desses, tem-se a de peso, edema de membros inferiores, gânglios palpáveis na região inguinal e no toque a próstata apresenta um nódulo e/ou áreas endurecidas.
Como prevenir e tratar?
Não existe uma forma de prevenção específica do câncer de próstata, a única forma é o diagnóstico precoce com a realização dos exames. Foge do controle algo que depende diretamente de fatores ligados a idade, raça e história familiar. O que na verdade existe é um rastreamento. Caso o paciente seja diagnosticado com o câncer, ele será submetido a um tratamento que irá depender do avanço da doença. Os tratamentos variam entre cirurgia, radioterapia e hormônio terapia.