Sua Saúde

Exercício de empatia

Como responsabilidade afetiva pode interferir nos relacionamentos?

Essa é uma lição que aprendemos ao longo do tempo, e, ainda assim, podemos magoar as pessoas por intenções, expectativas e até planos diferentes.

Publicada em 11 de outubro de 2020 - 11:50

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Como responsabilidade afetiva pode interferir nos relacionamentos?

Crédito: Reprodução

Uma relação, seja ela de amizade ou amorosa, é uma via de mão dupla. Essa é uma lição que aprendemos ao longo do tempo, e, ainda assim, podemos magoar as pessoas por intenções, expectativas e até planos diferentes.

Quem nunca sentiu que fez papel de trouxa? Isso, muitas vezes, pode ser causado pela falta de comunicação e gerar muito sofrimento. É exatamente nesse contexto que emerge o termo responsabilidade afetiva.

Antes de tudo, é importante frisar que o termo não significa reciprocidade amorosa. Como explica a psicóloga do Hapvida Michele Costa, responsabilidade afetiva é quando uma pessoa se coloca como responsável pelo sentimento do outro. “Quando nos sentimos responsável pela alegria ou pela tristeza do outro, acabamos moldando o nosso comportamento para ser conveniente a outro pessoa, o que pode gerar frustração”, explica Michele Costa.

Essencialmente, responsabilidade afetiva é um exercício de empatia. De acordo com a psicóloga do Hapvida, é preciso ter cuidado para que isso não seja extrapolado. “Freud costuma dizer que ‘eu atraio no outro aquilo que falta em mim’. Então precisamos trabalhar essa condição da nossa falta pessoal para que essa compensação venha para suprir e somar nas relações, deixando-as boas para ambos os lados”, continua Michele Costa.

Outro alerta que a psicóloga do Hapvida faz é sobre a sobrecarga emocional. “Essa sobrecarga pode desencadear processos de ansiedade, depressão, multiplicar a condição de angústia. Em alguns casos, os indivíduos não têm a consciência de que suas atitudes podem adoecer o outro com quem está se relacionando. Neste sentido, é fundamental que divulguemos o quão importante é a fala na nossa vida. A fala ou a comunicação assertiva pode salvar vidas, assim como a fala abusiva pode adoecer. Um tratamento gentil e respeitoso é importante para manter a saúde mental”, acrescenta a psicóloga.

Fonte: Com informações da Ascom


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