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Três variantes do coronavírus circulam no Piauí

A P.1, P.2 e a N9 são consideradas preocupantes pelo poder de transmissibilidade e de acarretar casos mais graves da doença.

Atualizado em 27 de abril de 2021 - 21:05

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A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Coordenação de Epidemiologia/Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e o Laboratório Central do Piauí (Lacen), confirma que foram detectadas no Piauí três variantes da Covid-19. São elas a P.1, P.2 e a N9, consideradas preocupantes pelo poder de transmissibilidade acarretando em casos mais graves da doença. Ao todo, 13 pessoas no Estado já foram acometidas com essas variantes com idades que variam de nove a 82 anos.

Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi/Cievs, Amélia Costa, os casos são todos considerados autóctones, ou seja, originados aqui mesmo no Piauí. “Os pacientes que detectamos com as variantes não tiveram contato com pessoas de outros Estados, nem saíram do Piauí, portanto, a variante está circulando aqui mesmo, no nosso Estado”, conclui.

A diretora do Lacen, Walterlene Carvalho, explica que o sequenciamento das amostras para Sars-CoV-2 detectam as variantes do vírus, consideradas mais perigosas e letais. “A variante é o vírus que mudou no processo de replicação, multiplicação, ao ser passado de uma pessoa para a outra. O vírus original pode ter muitas variantes, conforme sua circulação”, explica.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, as novas variantes impactam nos números da Covid no Piauí por terem uma transmissibilidade maior. Ele alerta, entretanto, que essas variantes não são as únicas responsáveis pela situação em que estamos vivendo. “A colaboração da população em relação às medidas de higiene são fundamentais para que possamos sair da pandemia. Manter o distanciamento, usar máscaras, álcool e não aglomerar continuam sendo imprescindíveis para evitar novas mortes”, alerta o gestor.

Diferença entre mutação, variante, linhagem e cepa

As mutações são mudanças que acontecem no material genético (DNA) dos organismos ao se multiplicar. Essas mudanças, muitas vezes, são responsáveis pelo surgimento de novas espécies. As mutações são mais comuns em locais com alta taxa de circulação do vírus e, para diminuir o número de mutações, é necessário parar a epidemia.

A variante é o vírus que mudou no processo de replicação, multiplicação, ao ser passado de uma pessoa para a outra. O vírus original pode ter muitas variantes, conforme sua circulação. A P.1, por exemplo, é a variante brasileira encontrada primeiramente em Manaus (AM), mas ainda existem a B.1.1.7, que foi identificada em dezembro de 2020, no Reino Unido, e a 501Y.V2 ou B.1351, localizada na África do Sul.

A linhagem é definida como um grupo de variantes que se originam de um vírus comum, mas se diferenciaram e agora são encontrados em grande quantidade após sua consolidação.

A cepa é uma variante ou um conjunto de variantes dentro da linhagem, um pouco diferente do vírus original. As cepas podem ser de linhagens diferentes ou uma linhagem pode ter várias cepas diferentes.

Reforce os cuidados contra a Covid-19

Para proteger a si mesmo e as pessoas ao seu redor, continue mantendo os cuidados para evitar a propagação do coronavírus:

– Lave suas mãos com frequência. Use sabão e água ou álcool em gel.
– Mantenha uma distância segura de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando.
– Use máscara quando não for possível manter o distanciamento físico.
– Não toque nos olhos, no nariz ou na boca.
– Cubra seu nariz e boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar.
– Fique em casa se você se sentir indisposto.
– Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar.
– Ligue com antecedência para o plano ou órgão de saúde e peça direcionamento à unidade mais adequada. Isso protege você e evita a propagação de vírus e outras infecções.

Fonte: Ascom Sesapi