A secretária municipal de Economia Solidária de Teresina, Gessy Fonseca, o gerente executivo, Anderson Emanuel e demais colaboradores da SEMEST, visitaram nesta sexta-feira (15), o Pólo Cerâmico do Poty Velho, local onde é desenvolvido o artesanato típico e ponto turístico da Capital.
No Polo Cerâmico está a maior expressão do artesanato de Teresina, as cerâmicas. A atividade desenvolvida pelos ribeirinhos desde a década de 1970 faz parte do patrimônio imaterial cultural da Cidade, reconhecida no exterior. Além de gerar emprego e renda para mais de 280 famílias, segundo a Cooperativa de Artesanato do Poty Velho (Cooperart-Poty).
O Polo Cerâmico do Poty Velho conta com 51 uma lojas, cada uma, com sua oficina de produção e espaço de queima. Todo o processo de criação, desde a extração da argila, é realizado pelos artesãos. A Cooperart – Poty, que possui 39 artesãs, gera mensalmente, cerca de R$ 5 mil a R $8 mil reais.
Por sua importância cultural e econômica para a região, a SEMEST pretende atuar de forma ativa na elaboração de projetos que viabilizem o desenvolvimento do local. Dentre as queixas dos artesãos, a divulgação e reconhecimento da atividade, são as principais, seguidas por questões de infraestrutura e aquisição de matéria prima.
O secretário executivo, Anderson Emanuel, ressaltou a importância da visita. “De antemão vamos buscar parcerias, com as demais secretarias municipais, para solucionar os problemas de infraestrutura e aquisição de matéria-prima. Idem, avançar na questão educacional, pois o artesanato do Pólo Cerâmico faz parte da história de Teresina. Revitalizar e ampliar, já que há o interesse de outras pessoas em exercer a atividade”, completou.
Para a coordenadora da Cooperart-Poty, Raimunda Teixeira da Silva, nada melhor para fortalecer uma parceria do que o gestor conhecer de perto a realidade do grupo. “Foi muito importante ela, Secretária, ter vindo com sua equipe e ter ouvido cada artesão e suas necessidades, ficamos muito felizes em recebê-los e temos certeza que vamos fortalecer essa parceria”, disse.
A secretária, Gessy Fonseca, reforçou a atuação da SEMEST na divulgação do trabalho à população, por meio de mídias digitais, TVs, entre outros, e pontuou a autonomia dos artesãos na produção e comercialização das peças de artesanato. “Eles, artesãos, sugeriram que tivesse folhetos do Pólo Cerâmico nos hotéis, algo muito acessível pra gente fazer. Em seguida, assim que possível, viabilizar as feiras e dar mais visibilidade para que a economia do polo cerâmico possa ser fortalecida e haja um desenvolvimento econômico maior para a região e moradores”, pontuou.
Reconhecimento no exterior
O artesão Antônio Carlos Oliveira Filho, começou a desenvolver ainda jovem a atividade, em 1989. Por sua experiência foi convidado a ir para a Itália, auxiliar instrutores no manuseio do barro, a experiência lhe propôs adquirir conhecimento de novas técnicas de acabamento, padronização, preparo da argila e a esmaltação das peças. O artesão conseguiu desenvolver sua própria técnica de pintura.
Com mais de 30 anos no artesanato, ele pode proporcionar uma vida melhor para sua família através do seu trabalho. “Comprei uma casa boa, um carro, pude ajudar minha mulher a se formar, além de proporcionar uma boa educação para meus filhos”, ressaltou.