Sua Saúde

EFEITOS DO ISOLAMENTO

Pediatra alerta para desafios na recuperação da saúde de crianças e adolescentes

Do ponto de vista físico, as crianças permanecem menos doentes porque ficaram sem contato social.

Atualizado em 08 de janeiro de 2021 - 01:16

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Desde o início da pandemia, muitas crianças e adolescentes precisaram ficar em casa. As atividades de lazer foram adaptadas e a nova rotina das aulas trouxe mudanças à saúde física de algumas delas. O pediatra do Sistema Hapvida, Marcelo Dunningham Rodrigues afirma que também houve modificações na saúde mental.

Do ponto de vista físico, as crianças permanecem menos doentes porque ficaram sem contato social. Vírus e bactérias que circulam comumente entre elas deixaram de ser propagados. Mas no aspecto mental o isolamento não é benéfico, afirma Dunningham.

A jornalista e advogada, Zaira Amorim, mãe da Heloisa de 2 anos, percebeu como foram difíceis as alterações de rotina da filha exatamente em um período em que ela  começava várias descobertas.  “Foi um ano bem desafiador pra todo mundo, não só pros adultos, mas também para as crianças que sentiram muita falta. Quando a pandemia começou Helo tinha um ano e cinco meses em pleno o desenvolvimento, começando a falar e a interagir. As poucas vezes que saímos ela dá bom dia a todo mundo que ela encontra desde o elevador”, conta.  

O médico lembra que as crianças e adolescentes voltarão ao convívio social e novos desafios precisarão ser enfrentados. Ainda, segundo ele, muitas crianças por não terem feito atividades físicas podem ter aumentado o peso. Isso por descarregarem suas tensões na alimentação. “A recuperação de todos os aspectos positivos da saúde deste público será um grande desafio para o próximo ano”, afirma o especialista.

*Paciência e criatividade nas atividades ajudam as crianças*

Pais, professores, médicos e psicólogos precisarão dar uma atenção especial também à saúde emocional delas. O ano de 2021 pode ser desafiador para nossos pequenos. Todos terão que trabalhar para tentar amenizar essa perda que elas tiveram neste tempo de isolamento, finaliza o médico.

Por conta dos cuidados e do isolamento que a família continua a fazer os passeios ficaram restritos. Zaira conta que percebe como a pequena sente falta de interagir com outras pessoas.  Segundo Zaira, que tem vários profissionais da saúde na família, eles sempre alertam que as crianças podem ter muitas viroses durante um ano. “A Helo adoeceu apenas duas vezes”, acrescenta.

Para 2021 a mãe conta que ainda não se sente segura para enviá-la a escola neste primeiro semestre, mas defende que neste momento é preciso ter muita paciência e procurar  meios de minimizar a pressão. No caso da Helo, uma das saídas foi a prática da natação no prédio onde a família mora, mas os passeios continuam muito restritos. “A gente se esforça muito para tentar fazer brincadeiras diferentes e sempre interagir para que ela não fique muito entediada”, finaliza.

Fonte: Com informações da Ascom