A doença causa inflamação da cápsula articular, restringindo os movimentos dessa articulação. Após esse estágio inicial, ocorre a fase de congelamento, período em que além da dor o paciente começa a apresentar limitação para realizar movimentos com o braço. A Dra. Sara Portela (CRM -PI 4944), ortopedista e especialista em ombro, pontua que a partir de então é mais fácil o diagnóstico.
“Apesar de não ter causa definida, o que se percebe é que pacientes diabéticos e/ou com algum transtorno emocional, psicológicos são os mais acometidos”, explica. Ela ainda acrescenta que isso é percebido pelos relados dos pacientes que têm rotina estressante ou passam por situações que provocam essas inquietações, como no trabalho ou família.
Geralmente o problema se apresenta somente em um dos ombros por vez, sendo raro ocorrer a bilateralidade. Entre os especialistas, é de comum acordo que o tratamento precoce, após os primeiros sintomas, é o ideal. A Dra. Sara destaca que ele “consiste no uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapias. Em alguns casos é necessário a associação de anticonvulsivantes e antidepressivos que auxiliam no tratamento de dores mais difíceis de serem tratadas com medicamentos convencionais”, informa.
Vale lembrar que a capsulite adesiva pode se apresentar tanto em pacientes mais jovens como idosos, homens e mulheres. Além disso, é fundamental ressaltar que nem toda dor no ombro está relacionada à capsulite adesiva. “Mas essa deve ser uma hipótese a ser considerada diante de um paciente que não tenha achados relevantes no exame físico e de imagem que justifique, especialmente se na anamnese for identificada algum fator que predisponha”, recomenda a Dra. Sara.
A ida dos pacientes ao ortopedista especialista em ombro é imprescindível para tratar e garantir uma boa recuperação da saúde.