Na tentativa de fazer frente à ação internacional para ajuda humanitária aos venezuelanos, organizada para este sábado (23/02), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conclamou seus simpatizantes para manifestações em todas as cidades do país. Denominada por ele como “mobilizações”, os protestos ocorrem após o fechamento da fronteira com o Brasil.
“Aqui em Caracas terá uma grande mobilização popular, as pessoas na rua estarão defendendo o direito à paz, à soberania e à união entre os povos colombiano e venezuelano”, disse Maduro.
Segundo o presidente, as mobilizações foram batizadas de “Marcha pela Dignidade”. Ele alega que há uma orquestração internacional, liderada pelos Estados Unidos e aliados, para desestabilizar seu governo e promover um golpe.
O venezuelano afirmou ainda que haverá postos de saúde móveis instalados em vários locais das cidades, no sábado, para atendimento à população. Nas páginas oficiais do governo, são estampadas fotografias de doações da Rússia de medicamentos e alimentos.
Para o presidente, o país é alvo de um “bloqueio econômico” que prejudica sobretudo a população.
As principais críticas de Maduro são feitas ao presidente da Colômbia, Iván Duque. O colombiano coordena na segunda-feira (25) reunião do Grupo de Lima, da qual participarão o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.