Mais de 20% da população adulta e 50% da população com mais de 80 anos são acometidas por lesões do manguito rotador, que é um conjunto de tendões do ombro que proporcionam uma ampla movimentação dessa articulação. Além disso, influenciam na boa saúde uma vez que garantem a realização de atividades diárias: se vestir, lavar os cabelos e a prática de esportes, por exemplo. O problema atinge diversas faixas etárias, homens, mulheres e pode levar à artrose do ombro se não tratadas.

Segundo a ortopedista e especialista em ombro, Dra. Sara Portela (CRM-PI 4944), dores decorrentes das tendinopatias e lesões do manguito rotador surgem no ombro e podem irradiar pela face lateral do braço até o cotovelo, na maioria das vezes pioram à noite ao deitar e ao fazer movimentos de abertura lateral do braço. Portanto, a recomendação é sempre buscar atendimento especializado nesses casos.

No atendimento é feito exame físico em que se busca identificar bursite e tendinopatias, além de ser possível colocar como ponto de observação a lesão do manguito rotador, especialmente se o paciente apresenta diminuição da força nas manobras. Radiografias do ombro, ultrassonografia e ressonância magnética também são importantes.

Por serem lesões e queixas diferentes, a especialista ressalta que o modo de tratamento se adequa a cada paciente. Lesões parciais (que não acometem toda a espessura do tendão) podem ser tratadas conservadoramente com fisioterapias. “Já as lesões completas e lesões parciais que não melhoraram com o tratamento fisioterápico pode se indicar o reparo através da artroscopia de ombro”, explica a Dra. Sara.

Diagnosticar e tratar essas lesões na fase inicial coíbe o avanço da mesma e consequente desgaste da articulação, que pode levar à artrose do ombro quando negligenciado o tratamento.