Protocolos Exigidos

Governador trata com líderes da igreja católica sobre protocolo para retomada de atividades

Mesmo não havendo data prevista para liberação das celebrações, o estabelecimento das regras agilizará o retorno, quando autorizado.

Atualizado em 11 de junho de 2020 - 09:18

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O governador Wellington Dias se reuniu, por meio de videoconferência, nessa quarta-feira (10/06), com representantes da igreja católica no Piauí para discutir os parâmetros para elaboração do protocolo exigido para retomada das atividades religiosas. Mesmo não havendo data prevista para liberação das celebrações, o estabelecimento das regras agilizará o retorno, quando autorizado.

O chefe do Executivo piauiense apresentou dados e explicou a decisão do governo pelo Pacto de Retomada Organizada (Pro Piauí) que autorizou o funcionamento de empreendimentos nos setores da construção civil, saúde e automotivo. Pelas projeções da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o percentual de leitos hospitalares exclusivos para Covid-19 disponíveis deve aumentar de 37% para 42% entre as semanas iniciadas em 14 de junho e 21 de junho. No mesmo período, projeta-se queda no percentual de crescimento de óbitos de 47% para 35%.

O governador ressaltou também a intensificação na estratégia de Busca Ativa, para localizar e tratar mais rapidamente pessoas que possam ter sido infectadas. “O objetivo é de um lado localizar quem está com a Covid-19, com sintoma, pelo exame clínico comprovar e tratar em leito clínico, evitando complicação e ficando mais fácil evitar o óbito”, explicou Dias.

O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, disse que a igreja católica já criou um plano de retomada das atividades e aguarda o sinal das autoridades. “Nossa regra básica é total submissão às autoridades civis e sanitárias. Queremos tudo em harmonia. Dentro desse princípio as igrejas pensam, assim que liberadas, em acolher pessoas dentro de suas capacidades, dentro da distância regulamentar. As pessoas entrariam com máscara e higienização com álcool em gel. Após cada celebração, os espaços seriam higienizados”, explicou Dom Jacinto.

“Estamos na mesma estratégia, querendo descobrir uma saída. A partir do Estado e Municípios, que a gente possa chegar a um denominador comum e retomarmos”, pontuou Dom Plínio José Luz, bispo de Picos.

O plano elaborado pela igreja católica, no entanto, precisará de ajustes para adequação ao protocolo sanitário exigido pela Vigilância Sanitária.

Presentes à reunião, o secretário de Estado do Planejamento, Antônio Neto, e a gerente de Vigilância Sanitária Estadual, Tatiana Chaves, se dispuseram a desenvolver o protocolo juntos com as autoridades católicas, nesta sexta-feira (12).

“A regra que estamos colocando nessa fase é mais conservadora para o distanciamento, são dois metros. Trabalhamos uma ideia para irmos além. Aproveitando a capilaridade da igreja católica, cada paróquia levantar pessoas e manter contato com nossa equipe, para compreender e difundir informações diversas sobre a Covid-19 entre os fiéis e nas comunidades e pastorais onde estão inseridos”, complementou Wellington Dias.

A vice-governadora Regina Sousa ressaltou a necessidade de manter diálogo com a igreja para articular ações no pós-pandemia. “Precisamos começar a discutir economia coletiva, como vamos trabalhar com os pequenos, os pobres das comunidades, com líderes de pastorais. Isso vai exigir de nós muita capacidade de resolução”, pontuou Sousa.

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Themístocles Filho, também participou do encontro.

O governador ressaltou que, no momento, não há previsão para liberação de missas e cultos, por parte do governo estadual.

Fonte: Com informações da Ascom