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Fatores de risco aumentam incidência de câncer colorretal

O câncer colorretal acometeu cerca de 40 mil pessoas em 2020, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Atualizado em 31 de março de 2021 - 21:43

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A preocupação com uma vida mais saudável nunca esteve tão em alta como agora com a pandemia. Mas bons hábitos não servem apenas para fortalecer a imunidade e manter a saúde. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e fibras é fundamental para a prevenção de doenças. Uma delas é o câncer colorretal, que é destaque em todo o mês de março por causa da campanha Azul-Marinho, que traz o alerta para essa patologia.

 
O câncer colorretal acometeu cerca de 40 mil pessoas em 2020, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença é silenciosa e abrange tumores no intestino grosso e reto. “São lesões tratáveis quando diagnosticadas precocemente. Por isso, é importante o rastreio de fatores que podem aumentar a incidência da doença”, afirma o coloproctologista da Med Imagem, Marcelo Ribeiro (CRM/PI 5472).


Para o especialista, alguns fatores podem aumentar as chances de desenvolver a doença. “Hábitos alimentares ruins com o consumo excessivo de carne vermelha e produtos processados como linguiças, salames, presuntos e salsichas; o consumo exagerado de álcool, tabagismo, idade acima de 50 anos e histórico familiar são alguns dos fatores que podem desencadear um aumento no câncer colorretal”, destaca o médico.


Além desses fatores, histórico pessoal de algumas síndromes também faz crescer a probabilidade da patologia. “Pacientes com doença inflamatória intestinal, polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch podem ter mais chance de desenvolver câncer colorretal. Pessoas de etnia negra também têm a maior incidência, mas a causa ainda é desconhecida”, ressalta o especialista.


O médico recomenda ainda a busca imediata de um especialista em casos de sintomas. “Sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto no abdome, aparência anêmica, cansaço sem esforço físico, perda de peso sem uma causa aparente e, principalmente, é de extrema importância avaliar o formato das fezes. Fezes muitos finas e compridas pode ser evidência de doença colorretal”, alerta Marcelo Ribeiro.


Colonoscopia: exame tem função diagnóstica e terapêutica

A colonoscopia é um exame que permite que o especialista veja imagens do intestino grosso e reto com o propósito de detectar inflamações, tumores e pólipos. De acordo com o especialista, além de diagnosticar doenças, o exame também funciona de forma terapêutica. “Pólipo é uma lesão que na grande maioria das vezes pode ser retirado no próprio exame da colonoscopia. Depois de retirado, esse pólipo vai para o laboratório para fazerem a análise que irá direcionar o acompanhamento desse paciente”, explica o médico.


“Hoje, é importante que se faça o rastreio mais precoce dessa doença, mesmo em pessoas assintomáticas, pacientes ainda com 45 anos devam fazer sua primeira colonoscopia. Com esse diagnóstico precoce podemos tratar as lesões que podem virar câncer”, destaca Marcelo Ribeiro.

Fonte: Redação Portal O Sol


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