O Família Acolhedora, serviço de acolhimento temporário, administrado pela Prefeitura de Teresina, segue atuante durante o período da pandemia da Covid-19. Em meio às adaptações às novas medidas de distanciamento social, o programa alcançou a marca de 15 famílias participantes e continua recebendo pessoas interessadas em fazer parte da articulação solidária.
“É um número que temos que comemorar. Até um tempo atrás, o programa tinha somente seis famílias participantes, por ser uma proposta nova de acolhimento para crianças e adolescentes que estão em abrigos. E nesse momento, com a pandemia da Covid-19, nós tivemos esse acréscimo de nove famílias, alcançando a marca de 15. Isso mostra a seriedade de toda a equipe que está engajada na reinserção dessas crianças às suas famílias de origem ou na entrada no Sistema Nacional de Adoção”, comemora a secretária municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (SEMCASPI), Janaina Carvalho.
Por meio do programa, a criança ou adolescente contemplada, pode ter de 03 a 18 anos incompletos, é retirada temporariamente de uma situação de violação de direitos e transferida a uma família cadastrada que, durante a estadia, é acompanhada por uma equipe técnica.
Desde 2016, o programa já registrou 25 crianças atendidas, sendo que, atualmente, nove estão em famílias acolhedoras, sete foram adotadas pelas famílias inscritas no Sistema Nacional de Adoção e cinco reintegrações à família de origem. O programa ainda contabilizou quatro registros de não adaptação percebida pelo acompanhamento da equipe técnica, que foram encaminhados novamente ao abrigo.
“Os responsáveis de origem passam por uma série de ações socioassistenciais, realizada por uma equipe formada por assistentes sociais e psicólogos, com o objetivo de promover a reintegração adequada da criança acolhida. Por motivos de segurança, a família acolhedora tem seu anonimato garantido”, explica Mauricéia Carneiro, secretária-executiva da Gestão do Sistema Único de Assistência Social (GSUAS).
Entre as 15 famílias inclusas no programa, sete já estão acolhendo crianças em suas residências e são acompanhadas de perto através das visitas da equipe técnica do Família Acolhedora e oito restantes aguardam esse momento. O serviço oferece ainda bolsa-auxílio de R$ 500 reais (ou R$750, caso possua alguma necessidade especial) e deve ser utilizada para o custeamento do bem-estar do acolhido.
“O serviço tem um acompanhamento presencial com as famílias acolhedoras e de origem, mas por causa da pandemia, essas ações estão sendo feitas através de vídeo-chamadas. Os atendimentos nas residências, em que se faz necessária a presença da equipe técnica, só acontecem em situações específicas, mas com todas as medidas de segurança”, explicou a coordenadora do programa Família Acolhedora, Lorenna Batista.
A coordenadora do programa conta ainda que os atendimentos as famílias interessadas estão sendo feitos por telefone e as entrevistas através de vídeo-chamadas. “A forma que as famílias interessadas podem se comunicar conosco é através do telefone 3234-1652. Assim, será feito o primeiro contato e poderemos facilitar nossa chegada até essas acolhedoras e as primeiras entrevistas”, informou.
Os interessados em fazer parte da ação solidária podem dar o primeiro passo entrando em contato com o 3234-1652 e conhecendo ainda mais sobre o programa. Entre os principais critérios, estão: residir em Teresina, ser maior de idade (com 21 anos ou mais), ter disponibilidade afetiva para cuidar de crianças ou adolescentes, não apresentar problemas psiquiátricos, não ser dependente de substâncias psicoativas e não responder a processo judicial.