Após Justiça pedir sua prisão, o candidato a presidente da Venezuela Edmundo González deixou o país e buscou asilo na Espanha. A informação foi divulgada pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez na noite do último sábado (7).
A prisão de Edmundo González foi decretada após ele não comparecer a três depoimentos para os quais foi notificado pelo Ministério Público (MP) da Venezuela. Os depoimentos estão relacionados com a investigação sobre supostas atas eleitorais que dão vitória a Edmundo e não a Nicolás Maduro.
De acordo com líder María Corina Machado, a saída de Edmundo González da Venezuela era necessária porque, segundo ela, sua vida corria perigo.
“As intimações, o mandado de detenção e até as tentativas de chantagem e coação a que tem sido sujeito mostram que o regime não tem escrúpulos nem limites na sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo”, lamentou em rede social.
Usurpação de Funções
O MP venezuelano avalia que a manutenção da página da oposição com as supostas atas pode incorrer em crimes como “usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência das leis, delitos informáticos e associação para delinquir e conspiração”.
A investigação do MP da Venezuela aponta que a página na internet busca apropriar-se das competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), única instituição com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela.
As autoridades venezuelanas afirmam que mais de nove mil atas publicadas são falsas. Já o Tribunal Supremo de Justiça do país, após perícia, ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro em 28 de julho. Porém, os dados da eleição por mesa de votação ainda não foram divulgados publicamente.