Devido ao uso excessivo de álcool gel para higienização das mãos, por conta da pandemia da Covid-19, os problemas dermatológicos têm aumentado bastante. De acordo com o dermatologista da Clínica Intermed, Écio Ribeiro, o uso excessivo de álcool pode ocasionar desde lesões leves até quadros de dermatites bem mais severas.
“Por conta do uso excessivo do álcool, a barreira natural hidrolipídica da pele – responsável pela proteção deste órgão – é removida, o que torna a pele mais suscetível à processos alérgicos e/ou infecciosos”, explicou.
Ainda segundo o médico, existe também a possibilidade, em alguns casos, do ressecamento das camadas superficiais da pele, o que pode acarretar pruridos (coceiras), escoriações, eritemas(vermelhidão) e infecções secundárias por microrganismos oportunistas tais como as bactérias. “Esse quadro dermatológico pode evoluir para uma alergia denominada Dermatite de Contato. Neste caso, a pele torna-se mais sensível, podendo reagir com inflamação ao uso de perfumes, detergentes e até mesmo sabonetes”, destacou.
Para minimizar esses efeitos do álcool na pele, Écio recomendou uma rotina específica para o cuidado com a higienização das mãos. Confira:
– Lavar as mãos com água e sabão;
– Aplicar o álcool (líquido ou gel);
– Após 30 segundos, aplicação do hidratante.
Observações importantes!
* O uso de hidratante não neutraliza a eficácia do álcool.
* Não é recomendado o uso de álcool em áreas da pele que possuam ferimentos.
* O álcool é um combustível! Portanto, pode provocar queimaduras nos seus mais diversos graus, então muita atenção quando estiver em locais que possuem chamas ou centelhas de fogo.
* Em casos de dermatites ou de qualquer outra reação, procure sempre o seu dermatologista.