Durante todo o mês de junho está sendo realizada a campanha “Junho Violeta” para promover a conscientização e prevenção contra o Ceratocone. A doença afeta a estrutura da córnea, que é a camada transparente que cobre a frente do globo ocular, deixando ela mais fina e pontuda. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% dos transplantes de córnea no país são em decorrência do ceratocone.
Natália Brandão, especialista em córnea e catarata, alerta que a doença pode aparecer no início da adolescência e tende a se prolongar até aos 30 ou 38 anos de idade. “O ceratocone pode ser causado por diversos fatores, tanto genéticos, quanto ambientais. O simples ato de coçar os olhos pode levar o desencadeamento da doença”, alerta.
De acordo com a especialista, visão embaçada, fotofobia e visão dupla são sintomas da doença. “O tratamento de ceratocone depende muito do estágio em que ele é diagnostica. Por exemplo, em casos mais graves é preciso o transplante de córneas, contudo, em casos mais leves é preciso o uso de lentes de contato ou implante do anel intracorneano. Por isso é imprescindível ir ao oftalmologista regularmente”, explica Natália Brandão.
A advogada, Iane Leal conta que procurou um especialista porque estava com dificuldade na visão em um olho. “Após uma série de exames, foi constatado que eu estava com Ceratocone. Uma surpresa, já que não imaginava que o simples fato de coçar os olhos poderia acarretar na doença e como sempre tive doenças alérgicas, o ato de esfregar as mãos nos olhos era frequente durante as crises”, relembra.
Iane ainda pontua sobre a fase de adaptação no tratamento. “Inicialmente irei usar lentes de contato. No começo fiquei um pouco apreensiva, mas fui bem orientada e acompanhada durante esse processo. O mais importante é que agora posso ver tudo sem nenhuma dificuldade”, completa a advogada.