Pandemia do Coronavírus

Empresas de eventos buscam protocolo para retomada

O setor, que foi duramente afetado pela crise provocada pelo novo coronavírus, agora vive a expectativa do ‘novo normal’.

Atualizado em 03 de julho de 2020 - 22:08

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Diante da pandemia da Covid-19, surge uma série de desafios para as empresas especializadas em eventos na construção dos protocolos e na eventual retomada.  O setor, que foi duramente afetado pela crise provocada pelo novo coronavírus, agora vive a expectativa do ‘novo normal’, em meio a diversas dúvidas sobre a sua atuação e o modo como ela será concretizada. Para esclarecer tais pontos, a Lems Casa e Festa promoveu uma videoconferência com o presidente da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), Ricardo Dias, na última quarta-feira, 01 de julho, com o tema: “Mercado de Eventos: Do Protocolo ao Retorno”. O bate-papo foi intermediado pela empresária Elisabeth Sá.

Na ocasião, Ricardo Dias sintetizou a importância do setor unificar os protocolos, para que não haja dúvidas e nem insegurança. Neste momento, entende-se que a responsabilidade irá aumentar, assim como a exigência dos clientes na garantia da segurança sanitária.

“A importância do todo, se viermos com um pedido aqui, conflita, conflita e trava tudo. Já temos uma normativa, seguimos todos os protocolos técnicos, o ‘Juntos Somos Mais Fortes’ realmente tem que acontecer. Somos um porta-voz, o mercado manda uma mensagem para gente, se a gente tiver mais empresas do Brasil inteiro viram uma operação federal, e é bem mais fácil conquistar. Por outro lado estar certificando as empresas para começar a esse novo protocolo, quais empresas já estão prontas para este novo normal”, disse.

O líder da Associação ainda esclareceu na live que um grupo de técnicos está construindo o protocolo das empresas de eventos, que contemplará todos os pontos: distanciamento, higienização dos ambientes, cuidados pessoas, como uso de máscara, álcool em gel, dentre outros. Tal como a condução dos serviços, a exemplo do buffet.

“É muito técnico o protocolo, tem muita pesquisa envolvida, tem que casar o protocolo de todos os lugares, então temos que ter um pouco de paciência, vai sair, eles já estão andando bastante, não compartilhamos, pois estamos precisando de uma autorização da Prefeitura”, informou.

De acordo com Ricardo Dias, “o momento é de conectar”. Para isso, ele conclamou as empresas de eventos a se filiarem à Abrafesta para fortalecer ainda mais a associação, no sentido de viabilizar a conquista de mais pleitos, como crédito nos bancos, suspensão de impostos e regramentos relativos à suspensão, cancelamento e adiamento de contratos.

“Vamos fazer um protocolo só para não dar conflito, e depois do protocolo fazer as regras, o contrato, para não confundir a cabeça do cliente, temos que respeitar o cliente”, afirmou.

Elisabeth Sá corroborou o posicionamento do presidente da Abrafesta, sinalizando a preocupação das empresas de eventos com a saúde dos clientes e colaboradores.

“Essa questão vai ser muito importante nesse novo olhar, novo mundo, porque as pessoas cada vez mais estarão exigindo essa responsabilidade”, frisou.

Na retomada gradual das atividades, a defesa é que na primeira fase seja permitido a lotação de 60% dos espaços para eventos; passando para 75% na segunda fase, até alcançar a capacidade máxima na última etapa.

“Nosso pleito foi de 60% de capacidade para abrir na  primeira parte,  75% da capacidade na segunda fase; e terceira fase  com 100%; não adianta abrir com 20%  que a conta não vai fechar; a não ser que  façamos eventos híbridos”, destacou Ricardo Dias.

Primeiros eventos em Teresina no prazo de 80 dias

Quanto à retomada dos eventos na capital do Piauí, Teresina, ainda não há uma posição consolidada. No entanto, iniciaram-se nesta semana as tratativas com a Prefeitura sob uma perspectiva de que dentro de 80 dias os primeiros eventos possam ser liberados, no primeiro momento devem ser autorizados apenas aqueles que não promovem grandes aglomerações.

“Se iniciaram as primeiras conversas com a Prefeitura da cidade, e a ideia que haja uma setorização dos eventos, aqueles que não têm grande risco de transmissibilidade poderão voltar antes”, afirmou Elisabeth Sá.

Ela destacou que os grandes shows ainda vivem sob a imprevisibilidade, com a perspectiva de uma vacina ou remédio comprovadamente eficaz no combate à covid-19, reiterando, no entanto, que é uma discussão preliminar.

“A Prefeitura de Teresina iniciou as tratativas e a ideia é que os primeiros eventos iniciem em 80 dias, mas grandes shows, eventos com grande aglomeração só a partir da vacina”, comentou. 

Fonte: Com informações da Ascom