A Polícia Federal (PF), por meio da Operação Reagente, está cumprindo na manhã desta quinta-feira, (02/06), 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Picos, Uruçuí e Bom Jesus, por supostas irregularidades na compra de testes para Covid-19. Na capital Teresina, o alvo da investigação é uma distribuidora de medicamentos nacionais e importados.
Para a PF, além da acusação de superfaturamento na aquisição dos testes para Covid-19, está sendo investigado o uso de documentação falsa.
“Como resultado das fraudes, os contratos foram direcionados a empresa integrante do grupo criminoso, responsável pela venda de exames com preços superfaturados. Pelos mesmos testes IGG/IGM vendidos a clínicas particulares aos preços de R$ 120 a 150, os órgãos públicos pagaram valores de R$ 170 a 210, o que representa superfaturamento de aproximadamente 40%, com prejuízo direto a recursos oriundos de emendas federais”, pontua.
A PF esclareceu que até o momento, há indícios de um esquema criminoso atuando em 28 municípios do Piauí. “Em Bom Jesus e em Uruçuí, foram instauradas dispensas de licitação fraudulentas e comprados os testes IGG/IGM com superfaturamento, seguindo o mesmo modo de atuação observado nas fraudes de Picos”, destacou.
Para a Operação Reagente, cerca de 70 policiais federais, sete auditores e técnicos do TCE/PI e do DENASUS foram acionados para integrar a ação. Estão sendo investigados crimes de associação criminosa (art. 288 do CP), desvio de recursos públicos (art. 312 do CP) e dispensa indevida de licitação (art. 89 da lei 8.666/93), cujas penas somadas alcançam a 20 anos de reclusão.
NOTA OFICIAL DA PF
A Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (02/07) em parceria com o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI) e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), deflagrou a Operação REAGENTE, dando cumprimento a 17 (dezessete) mandados de busca e apreensão nos municípios e Picos, Bom Jesus e Uruçuí. As ordens judiciais foram expedidas pela Subseção Judiciária Federal em Picos. Segundo as investigações, agentes públicos e empresários utilizaram documentos falsos na dispensa de licitação n. 21/2020, instaurada pela Prefeitura Municipal de Picos para a compra de testes de Covid-19. Como resultado das fraudes, os contratos foram direcionados a empresa integrante do grupo criminoso, responsável pela venda de exames com preços superfaturados. Pelos mesmos testes IGG/IGM vendidos a clínicas particulares aos preços de 120/150 reais, os órgãos públicos pagaram valores de 170/210 reais, o que representa superfaturamento de aproximadamente 40%, com prejuízo direto a recursos oriundos de emendas federais. Há indícios de que o esquema criminoso atue em outros 28 (vinte e oito) municípios do interior do Piauí. Em Bom Jesus e em Uruçuí, foram instauradas dispensas de licitação fraudulentas e comprados os testes IGG/IGM com superfaturamento, seguindo o mesmo modo de atuação observado nas fraudes de Picos. Para o cumprimento das ordens judiciais na data de hoje, foram mobilizados 70 (setenta) policiais federais, mais 7 (sete) auditores e técnicos do TCE/PI e do DENASUS. O inquérito policial investiga os crimes de associação criminosa (art. 288 do CP), desvio de recursos públicos (art. 312 do CP) e dispensa indevida de licitação (art. 89 da lei 8.666/93), cujas penas somadas alcançam a 20 anos de reclusão. O nome da Operação “REAGENTE” faz referência ao superfaturamento na aquisição de testes rápidos IGG e IGM, para detecção de COVID-19. Não haverá coletiva de imprensa em razão das medidas de distanciamento social adotadas pelo poder público em todas as instâncias.
NOTA DA PREFEITURA DE PICOS
A Prefeitura Municipal de Picos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que está colaborando com a operação da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado acerca do processo de dispensa de licitação para aquisição dos testes rápidos para à Covid-19. Na manhã de hoje, 2, a Prefeitura de Picos está fornecendo a documentação necessária aos investigadores. A administração municipal frisa que agiu dentro da legalidade.