O problema da habitação tem crescido ao mesmo tempo que aumenta a população no país. No Piauí, cerca de 1.719 pessoas moram em domicílios particulares improvisados, o que representa cerca de 0,5% do total da população do estado. Deste número, 24,03% deste público moram em tendas ou barracas de lonas, o que corresponde a 413 pessoas.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (6) baseado no Censo Demográfico do ano de 2022.
De acordo com o IBGE, é considerado domicílio particular improvisado ocupado aquele localizado em uma edificação que não tenha dependências destinadas exclusivamente à moradia, a exemplo disso, dentro de um bar ou em calçadas, praças ou viadutos, sendo utilizados como moradias.
Segundo os dados do IBGE, o maior registro de moradias improvisadas é dentro de comércios e bares, que chega a 758 pessoas nesta situação, o que representa 44,10%.
“O segundo maior registro foi de moradias em tendas ou barraca de lona, plástico ou tecido”, destaca o IBGE.
Além disso, são apresentadas outras situações como acontecem em: logradouro público sendo 175 pessoas registradas, o que representa 10,2%; estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada, com 167 pessoas, correspondente a 9,7%; outros domicílios improvisados como abrigos naturais com 164 pessoas registradas, representando 9,5%; e moradias em veículos, como carros, caminhões, trailers, barcos e outros, com 43 pessoas registradas, equivalente a 2,4% do total.
Mais de 59% dessas pessoas são homens
O IBGE informou ainda sobre o perfil dessas pessoas que em 2022 estavam em moradias improvisadas e destacou que 59,22% são pessoas do sexo masculino, enquanto que 40,78% são mulheres.
Além disso, o que chamou atenção também foi a taxa de analfabetismo deste público, que representa 27,96% do total, número superior à média da população piauiense, que registrou 17,23% no mesmo período.
Adultos são a maioria com moradias improvisadas
Outro ponto a ser destacado é que a maioria das pessoas que estão em moradias improvisadas são pessoas entre 20 a 59 anos, o que corresponde a 56,14% deste público. O segundo maior público que está em moradias improvisadas é formado por crianças e adolescentes, o que representa um total de 32,4% do total de pessoas que estão nesta situação.