Frente a um ano completamente novo, que necessitou de readequação e muita inovação para dar fluxo às demandas, o setor da construção civil foi o que mais abriu vagas de empregos com carteira assinada e também para profissionais informais e autônomos em 2020. As oportunidades surgiram em meio às adversidades e garantiram renda, bem-estar e boa saúde econômica para o país.
Com esses dados bastante satisfatórios para um período pandêmico, especialistas projetam que o segmento possa gerar mais 200 mil vagas de empregos em 2021. Isso deve ocorrer após a superação da falta e aumento nos valores dos principais insumos para as atividades do setor. Segundo Francisco Reinaldo, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina), os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o próprio Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) mostraram desempenho crescente em meio a um ano atípico.
O gestor pontua que de acordo com a Pesquisa Nacional Contínua por Amostra de Domicílios (PNAD), houve o registro de crescimento ocupacional em quatros atividades em 10 categorias e, entre elas, a construção civil teve a maior alta: 10,7%. “Ultrapassando a questão da escassez e alta dos preços nos materiais, nosso setor como um todo tende a continuar em ascensão este ano, gerando mais 200 mil empregos no Brasil”, avalia Francisco.
Ainda de acordo com dados da PNAD, devido à maior flexibilização das medidas de isolamento social e o retorno gradativo das pessoas às funções laborais (no trimestre setembro-outubro-novembro), a construção provocou a aparição de 457 mil novos postos de trabalho. Ou seja, o número de pessoas trabalhando no país cresceu 4,8% no período analisado. Houve a introdução de 3,9 milhões de pessoas no mercado de trabalho.
Peça-chave para uma boa economia, geração de empregos e consequente renda para os estados e municípios brasileiros, o segmento se adequou ao cenário, traçando estratégias e metas de atuação para continuar contribuindo com a sociedade.