Lutar! Não há outro caminho para os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil frente ao desmonte promovido pela Direção do BB, com mais uma reestruturação fechando centenas de agências, retirando comissões e desligamentos de 5 mil trabalhadores. Em resistência, o movimento sindical bancário realizou, nesta quinta (21/01), um Dia Nacional de Lutas. No Piauí, com o lema “Braços cruzados, caixas parados” os protestos aconteceram em diversos municípios do Estado. Em Teresina o movimento foi em frente ao prédio central do BB, na Rua Álvaro Mendes.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI), Odaly Medeiros, ressalta que é um movimento nacional das entidades representativas, em defesa do Banco do Brasil, que sofre mais um grande ataque.“Esse movimento é para dizer ao Governo Federal que nós, enquanto trabalhadores do ramo financeiro, não aceitamos essas mudanças drásticas que geram grandes prejuízos para a própria sociedade e para os trabalhadores. No Piauí, tanto nas Regionais, quanto aqui em Teresina, teve uma grande adesão de praticamente 100% desse setor de caixas e de outros setores. Quero manifestar todo nosso apoio aos funcionários e funcionárias que estão sendo penalizados, mantendo o sindicato à disposição para essa luta”, disse Odaly.
Gilberto Soares, vice-presidente do SEEBF/PI, destaca que o protesto de hoje foi votado pela categoria com 100% de aprovação, demonstrando a indignação dos funcionários e funcionárias em todo o Estado.
“É muito importante um momento como esse, em que tivemos uma grande adesão no Estado, com os caixas de todas as agências, da capital e interior, mostrando que o funcionalismo do Banco do Brasil diz não a essa reestruturação. Contra esse desmonte, contra esse programa que vai gerar demissões, perda de renda e, sobretudo, dificuldades no atendimento aos clientes e à população. Por tudo isso, é muito importante esse movimento de cruzar os braços. A categoria está dando essa resposta à Direção do Banco do Brasil, que mais uma vez comete um atentado aos seus funcionários”, afirmou Gilberto.
O bancário Luís Antônio, que é caixa no Banco do Brasil, relata a pressão sofrida pelos funcionários e reforça a importância do protesto. “Esse movimento é importantíssimo. Temos recebido muita pressão, principalmente os caixas do interior do Estado, para que façam o serviço e muitos estão descomissionados. Tenho recebido informações de caixas de outras cidades do estado que estão nesse momento recebendo pressão para abrir caixa, estão convivendo com isso todo dia. Então, esse movimento vem para resistirmos a essa pressão que temos recebido”, disse.
O diretor do SEEBF/PI, Arimatea Passos, também reforça a força do movimento e a indignação contra o desmonte no BB.
“É um grande momento para os bancários, que mostraram toda a sua indignação. Começamos essa mobilização ainda na semana passada e hoje continuamos com a paralisação dos caixas do Banco do Brasil em todo o Estado. Esse movimento vai continuar com toda a força. Estamos muito satisfeitos com a mobilização de hoje, com a participação da categoria e a resposta que os caixas estão dando contra esse desmonte. É importante que todos participem cada vez mais e mostrem a indignação com essas medidas da Direção do Banco do Brasil”, afirmou Arimatea.