Foi por meio das tags #ExposedTeresina e #Exposedthe que muitas alunas e ex-alunas de vários colégios, tanto particulares, quanto públicos, de Teresina (PI) têm relatado no Twitter, desde sábado, (30/05), casos de assédios causados por professores.
Nos posts com as tags #ExposedTeresina e #Exposedthe, as alunas e ex-alunas dos colégios localizados em Teresina descrevem os assédios, nomes dos supostos assediadores, disciplinas ministradas pelos professores e até das escolas.
Um dos posts publicado por um perfil anômino diz: “Fui assediada por um professor de física (R******) no primeiro ano do ensino médio, eu tinha 14 anos e estudava no C**. Ele me constrangeu de todas as formas possíveis”, pontuou.
O perfil ainda relatou que o professor de física ainda a presenteava com chocolates ou cestas de chocolates na escola onde estudava e em seguida perguntava a aluna se ela havia gostado do presente, o que lhe deixava constrangida.
“O pior dia foi quando em SALA DE AULA ele sentou na minha cadeira junto de mim, eu estava sentada na cadeira e, ele COLOCOU A MÃO DENTRO DA MINHA BLUSA e ficou passando na minha barriga”, relembrou a vítima no Twitter.
A vítima complementa ainda que acredita que ninguém viu o ato, já que o moleton do fardamento da escola cobria. “Me senti um lixo, mas na época não entendi muito bem o que estava acontecendo e durante anos fiquei me perguntando se a culpa era minha”, destacou.
Outro post, fala que um professor de uma escola particular simulava orgasmos, para constranger as adolescentes.
COLÉGIO QUER RECEBER DENÚNCIAS
Um dos colégios citados é o Colégio CEV, que se pronunciou na tarde deste domingo, (31/05), por meio de nota oficial publicada no feed do Instagram.
“Repudiamos qualquer forma de assédio e reiteramos que toda e qualquer situação que venha a constranger nossos estudantes ou familiares deve ser reportava imediatamente à direção geral da escola através do e-mail direcaogeral@grupocev.com, para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, disse um trecho da nota.
SOB INVESTIGAÇÃO DA OAB-PI
Segundo Rogério Almeida, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, a Comissão já tomou conhecimento do caso e junto com os advogados membros da Comissão estão realizando o levantamento de informações para que sejam enviadas para a presidência da OAB-PI. Além disto, ele alerta para a preocupação com a integridade das pessoas que estão sendo citadas e principalmente, das vítimas, que são podem ser crianças e adolescentes ou mesmo de ex-alunas.
DENÚNCIA
A Secretaria da Mulher de Teresina se pronunciou, por meio do Twitter, e informou que é necessário formalizar a denúncia. “Se você conhece alguém ou se você mesma sofre algum desses tipos de violência, está precisando de orientações, nós te ajudaremos”, contou.
Para receber orientações sobre como proceder em casos de assédios, bastar entrar em contato com a Secretaria da Mulher de Teresina, por meio do Telefone: 99416-9451, ou denuncie através do 180.