Trabalhadores da saúde, idosos com mais de 75 anos ou a partir de 60 que vivem em asilos e a população indígena são os primeiros da fila para tomar a vacina contra a Covid-19 no Brasil. A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) já recebeu as primeiras doses e iniciou a vacinação dos servidores.
As doses estão sendo destinadas primeiramente aos profissionais de saúde da linha de frente no atendimento aos pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. Já foram vacinados 130 servidores até a tarde desta última quinta-feira (21), entre médicos, enfermeiros, técnicos dos mais variados setores, fisioterapeutas, bioquímicos, serviços gerais e maqueiros.
Segundo o médico Francisco Macêdo, diretor da maternidade deve ser vacinados 495 servidores nessa primeira etapa. “Os profissionais de saúde estão no grupo prioritário da primeira fase da campanha de vacinação, conforme definido pelo Ministério da Saúde. A definição dos grupos leva em conta, entre outros fatores, o maior risco de desenvolvimento de formas graves e óbitos por Covid-19, o maior risco de infecção, a manutenção dos serviços de saúde, a capacidade de atendimento à população e a manutenção dos serviços essenciais”, explica.
Macêdo destaca que está seguindo todos os protocolos sugeridos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e Fundação Municipal de Saúde (FMS). “A orientação foi iniciar pelas áreas específicas Covid, Unidades de Terapias Intensivas (UTI) adulta e neonatal, áreas clínicas Covid e sala de estabilização. Em seguida priorizaremos emergência, Centro Cirúrgico e laboratório. Até a próxima semana queremos finalizar a vacinação desta primeira etapa”, diz.
O diretor fala ainda sobre a expectativa de não ocorrer interrupção no envio de novas vacinas. “O ideal é que seja cumprido o cronograma de vacinação elaborado pelos órgãos responsáveis, alcançando com essa medida segurança e proteção a todos, principalmente no binômio mãe e recém-nascido que é a especialidade da MDER”, diz.
Mesmo tendo iniciado a vacinação, a MDER segue reforçando medidas preventivas contra possíveis casos de Covid-19 que venham a chegar à instituição. A unidade de saúde também foi o primeiro hospital público do Piauí a testar servidores e pacientes, afastando aqueles que positivaram e que estão no grupo de risco, dando seguimento para ala específica para pacientes positivos.
Uma das primeiras medidas adotadas, ainda em março de 2020, foi a criação de ala específica com 20 leitos para mães com a doença. Além disso, também foi criada uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) materna com 10 leitos e mais outra nova ala para filhos de mães positivas ficarem em observação, mesmo sem terem sido contaminados durante o parto.
“Graças a essas medidas e à equipe com multiprofissionais capacitados, o índice de mortalidade por Covid da Evangelina Rosa é menor que 0,5 %, uma taxa considerada exemplar” conclui Francisco Macêdo.